13 de out. de 2014

Gatekeeping: o filtro das notícias | Aula particular de inglês com cultura

Aula particular de inglês com cultura

O post de hoje do blog do seu professor particular de inglês, com o intuito de explicar de forma bastante clara como a mídia se comporta frente à diferentes acontecimentos, se dedica a explanar uma das teorias do jornalismo, a teoria do Gatekeeper, que na tradução literal significa, Porteiro ou Guardião.


O que deve ser veiculado?


Imagine a seguinte situação baseada nos acontecimentos de 2013: os protestos no Rio de Janeiro foram pacíficos. Cerca de um milhão de pessoas foram as ruas com cartazes para expressar seu descontentamento com o governo. Os principais pilares do movimento foram o uso de verbas públicas para a construção e reforma de estádios para a Copa do Mundo, quando tais verbas deveriam ser investidas em educação e saúde; as propostas racistas e preconceituosas do atual presidente da comissão de direitos humanos, Marco Feliciano; o descaso com o brasileiro, as más condições de transporte e serviços públicos. O movimento, durante horas, seguiu sem violência, como planejado. Em certo momento, alguns vândalos, bandidos e supostamente infiltrados, iniciaram atos de violência e vandalismo. A polícia teve de reagir para conter esta minoria que não fazia parte do movimento pacífico.

O parágrafo acima reflete o que podemos chamar de “notícia bruta”. As emissoras de TV, os jornais, as revistas, as rádios e a mídia em geral deveriam noticiá-la exatamente assim. Porém sabemos que a mesma notícia pode ser - e de fato é - emitida de forma diferente, variando de mídia para mídia. 

O que acontece neste momento é a ação dos Gatekeepers. Aliados de uma outra grande teoria da comunicação, chamada de Agenda-Setting (que explicararemos num post futuro), filtram apenas o que julgam ser interessante para a que a massa tenha conhecimento. Esta técnica permite um controle midiático sobre a grande massa, que é subordinada à mídia, para que esta absorva informações e, por consequência, as considere únicas e legítimas.

Um exemplo de como a notícia pode ser filtrada pelos gatekeepers e veiculada: os protestos no Rio de Janeiro foram pacíficos. Cerca de um milhão de pessoas foram as ruas com cartazes para expressar seu descontentamento com o governo. Os principais pilares do movimento foram o uso de verbas públicas para a construção e reforma de estádios para a Copa do Mundo, quando tais verbas deveriam ser investidas em educação e saúde; as propostas racistas e preconceituosas do atual presidente da comissão de direitos humanos, Marco Feliciano; o descaso com o brasileiro, as más condições de transporte e serviços públicos. O movimento, durante horas, seguiu sem violência, como planejado. Em certo momento, alguns vândalos, bandidos e supostamente infiltrados, iniciaram atos de violência e vandalismo. A polícia teve de reagir para conter esta minoria que não fazia parte do movimento pacífico.


Aula particular de inglês com cultura | diagramda do Gatekeeping
Diagrama demonstrando o funcionamento da teoria de Kurt Zadek Lewin (http://communicationtheory.org/gatekeeping-theory/)


Não acredite em tudo que a grande mídia diz


Se a mídia filtra as informações e divulga apenas o que quer para me enganar, em quem eu devo confiar?

A grande mídia tem como objetivo controlar a massa. O que ela mostra pode não ser exatamente uma “mentira”, mas sim uma distorção da verdade (existem muitos casos em que a notícia é totalmente inventada, mas não se encaixa aqui). Por isso é extremamente importante que você, leitor, possua um senso crítico capaz de questionar se o que está sendo veiculado é a realidade ou é uma distorção do fato.

O ponto chave do controle mídiático está exatamente nesta habilidade de questionamento. O governo brasileiro não investe nosso dinheiro em educação porque, com educação, as pessoas passam a questionar e, consequentemente, o controle midiático começa a se dissolver.

Fique atento!

Busque a informação em diferentes veículos de mídia e, principalmente fora dela. Quem esteve presente nos protestos em 2013, quem acompanhou em tempo real pelas mídias sociais ou quem, de alguma forma, se comunicou diretamente com os manifestantes nas ruas sabe muito bem que as notícias veiculadas nos grandes veículos não passaram de distorções tendenciosas, onde o povo se tornou o grande vilão da história.
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