Aqui no blog do seu professor particular de inglês já conhecemos um pouco do Impressionismo, que se originou na França, e do Arts and Crafts na Inglaterra. A palavra-chave do movimento de hoje é “divisão”, pois é o melhor termo que define o estilo criado por Paul Signac (1863 - 1935) e Georges Seurat (1859 - 91): o Neo-impressionismo.
Divisor de águas
Durante a última exposição impressionista, as obras do filho de Camille Pissarro, Lucien Pissarro (1869 - 1944) e de dois outros pintores, Paul Signac e Georges Seurat, foram colocadas em um lugar separado das demais com o intuito de chamar a atenção dos críticos presentes para uma nova técnica, derivada do impressionismo. A estratégia deu certo e a reação da crítica foi positiva. Félix Féneón nomeou o novo estilo de neo-impressionismo.
Na década de 1880 começou a “crise impressionista” que levou alguns artistas a buscarem diferentes abordagens. O quadro Os banhistas de Asniéres (1884) de Seurat retrata uma típica imagem impressionista, porém a distorção da imagem devido à valorização da luz foi contida e o processo de criação do quadro envolveu pelo menos quatroze esboços, além de ter sido pintado dentro de um ateliê e não ao ar livre.
Os Banhistas de Asniéres, de Seurat, 1884 |
Neste mesmo ano, após ver seu quadro, Signac procurou Seurat e os dois começaram a estudar juntos sobre teorias relacionadas às cores e à óptica. Tais estudos os levaram à criação de uma nova teoria que chamaram de divisionismo, onde as cores se misturam na retina e não na tela. A partir daí desenvolveram uma técnica de pintura na qual são aplicados pontos coloridos na tela que, vistos a uma certa distância, formam uma imagem nos olhos do apreciador. Féneón denominou a técnica como pontilhismo, mas Seurat e Signac preferiam “divisionismo”. Hoje os dois termos são usados, sendo pontilhismo para a técnica e divisionismo para a teoria.
Retrato de Félix Féneón, de Signac, 1890 |
A maioria dos quadros neo-impressionistas apresenta grandes efeitos ópticos. Como os olhos não ficam parados os pontos se misturam, se fundem e criam a ilusão de movimento e profundidade.
Influências e influenciados
O grupo de artistas em torno de Seurat e Signac cresceu rapidamente e incluiu:
- Charles Angrand (1854 - 1926)
- Henri-Edmond Cross (1856 - 1910)
- Albert Dubois-Pillet (1845 - 90)
- Maximilien Luce (1858 - 1941)
O círculo de amizades dos neo-impressionistas incluía muitos simbolistas que apreciavam suas obras devido à natureza simbólica e expressiva destas. As ideias estéticas simbólicas de Charles Henry, que atribuíam significado às linhas afirmando que linhas horizontais significavam calma, as ascendentes e oblíquas indicavam alegria e as descendentes e oblíquas indicavam tristeza, foram exploradas na obra Le Chahut (1889 - 90) de Seurat que declarou:
Arte é Harmonia. Harmonia é a comparação dos elementos contrários e semelhantes do tom, da cor e da linha, considerados de acordo com seus dominantes e sob a influência da luz em combinações alegres, calmas ou tristes.
Le Chahut, de Seurat, 1889 - 90 |
Seurat morreu em 1891, mas o estilo se espalhou por toda França. Obras de Seurat e dos Pissarro foram expostas em Bruxelas pelo grupo “Os Vinte”. Na Itália o divisionismo chegou inclusive a ser aplicado por artistas como Gaetano Previati (1852 - 1920) e Giovanni Segantini (1858 - 99) e, ainda na Itália, a técnica serviu como uma das bases para o nascimento do futurismo.
O estilo ainda foi mais longe, servindo de inspiração para outros diversos e distintos movimentos como Art Nouveau, De Stijl, Orfismo, Sincronismo, Simbolismo, Surrealismo e, muitos anos a frente, Expressionismo Abstrato e Pop Art.
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História da Arte é um destes assuntos. Fique de olho aqui no blog, pois em breve postaremos um novo estilo!