Após conhecermos um pouco do Impressionismo hoje seu professor particular de inglês irá falar sobre o movimento que teve o intuito de fazer arte para o povo obedecendo princípios do design e respeitando modelos estéticos da época medieval, o Arts and Crafts.
Arte e Artesanato
Com a industrialização e a perda da qualidade estética dos produtos devido a massificação, alguns artistas, arquitetos, designers, escritores e artesãos procuraram relembrar a importância do design e do artesanato em tudo que pudesse ser considerado arte.
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Detalhe de um item de decoração |
Iniciado na segunda metade do século XIX na Inglaterra, o movimento Arts and Crafts se espalhou até o século XX pela Europa continental e pelos Estados Unidos. Os integrantes desejavam acabar com a supervalorização da pintura e da escultura, abrindo espaço para o artesanato e tornando a arte acessível a todos.
Arte para todos
O principal expoente do movimento foi o designer, pintor, poeta e socialista William Morris (1834 - 96). Morris afirmava:
“Não quero a arte para uns poucos, do mesmo modo que não quero a educação para uns poucos ou a liberdade para uns poucos.”
Para Morris a arte deveria ser simples e funcional.
O maior projeto do movimento é a "Red House" de 1859, situada em Kent. A casa foi construída por Philip Webb (1831 - 1915) a pedido de Morris, se tornou fundamental para o movimento e ainda serviu de inspiração para outros que viriam posteriormente como art nouveau e art déco.
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The Red House, Kent |
Em 1861 Morris e os amigos Webb, Rosseti, Burne-Jones, o pintor Ford Madox Brown, o topógrafo P.P. Marshall e o contador Charles Faulkner fundaram a firma de decoração e manufatura Morris, Marshall, Faulkner & Co. O objetivo era a criação de objetos de arte belos, funcionais e acessíveis a todos. O modelo de trabalho remetia aos artesãos medieviais onde a obra era concebida enquanto era criada.
Ideologia de sucesso, porém nem tão acessível
O maior sucesso do movimento foi sua ideologia, visto que o estilo era similar ao medieval. Contudo o objetivo de tornar a arte acessível a todos não foi conquistado, pois os produtos feitos à mão acabavam custando muito caro. Era possível ver os produtos criados pela Morris, Marshall, Faulkner & Co. pelas ruas e em residências, porém somente os mais ricos os possuíam.
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Interior de uma residência com base nos princípios do movimento |
A arquitetura do Arts and Crafts serviu de base para diversos princípios que foram empregados durante o século XX em outros movimentos como o art nouveau. Dentre estes princípios estava o que afirmava que o design deveria ser guiado pela função.
Foram estes princípios que apoiaram o desenvolvimento das cidades-jardins na Inglaterra que integrou o Arts and Crafts e os ideais de reformas sociais de Morris.
Expansão do movimento
O movimento se expandiu pela Inglaterra e logo alcançou a Europa Continental. Exposições e grupos foram criados, incluindo a Arts and Crafts Exhibition Society, que reuniu diversos designers da segunda geração do movimento. Anos mais tarde foi a vez dos Estados Unidos conhecerem o Arts and Crafts. Com oficinas e publicações em revistas, rapidamente os princípios e a simplicidade foram absorvidos, sendo facilmente encontrados em residências e no mobiliário.
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Cartaz do Arts and Crafts Exhibition Society |
O Arts and Crafts perdeu sua força por volta da Primeira Guerra Mundial, mas o ideal artesanal e o design voltado para a função permanecem até os dia de hoje.
Aula particular de inglês e a Arte Moderna
Uma maneira diferente de se aprender inglês é estudar temas diversos sempre escritos e explicados no idioma. Durante as aulas particulares de inglês do professor Jesse Guelfi são dados alguns workshops sobre movimentos, escolas e correntes artísticas que marcaram a história da arte moderna. O aprendizado é sempre dobrado!